Luís Boa Morte: «Ainda estou à espera de Luís Duque»

• Foto: Pedro Ferreira

Luís Boa Morte recorda todos os passos da carreira em conversa com Record

Luís Boa Morte começou a jogar menos no Arsenal, fruto da concorrência, mas sempre manteve uma relação cordial com Arsène Wenger que nunca deixou de apoiá-lo. "Creio que se sentia responsável por todos nós pois trazia jogadores muito jovens para o clube. Lembro-me de só o ter visto irritado uma vez após uma derrota com o Derby County em que estávamos a ganhar ao intervalo e depois acabámos por perder", recorda o antigo jogador que queria jogar mais e recebeu ofertas do Bordéus e Saint-Étienne: "O Wenger disse-me para optar pelo Saint-Étienne pois ia emprestado e podia voltar, já o Bordéus era em definitivo. Entretanto, apareceu o Southampton e mudei-me para lá pois podia continuar em Inglaterra e assinei por cinco anos".

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Fui no sul de Inglaterra que Luís Boa Morte conheceu a primeira parte negativa do futebol pois quando Glenn Hoddle assumiu o comando técnico deixou de jogar. "Estava tudo a correr na primeira fase da época, até a nível de seleção pois o Jesualdo Ferreira chegou a técnico dos sub-21 e começou a chamar o grupo dos sub-20 onde eu estava. Entretanto, chegou o Glenn Hoddle e deixei de jogar, nunca perguntei porquê, pois sempre respeitei a decisão dos treinadores, e esperei pela próxima pré-época. Aí, após não ter sido utilizado nos jogos de pré-época falei com ele e disse-me que não contava comigo...", lembra o antigo internacional português que, entretanto, também já tinha visto esfumar-se a hipótese de voltar ao Sporting: "Lembro-me que fui a Alvalade buscar uns bilhetes para a Taça de Portugal e o Luís Duque disse-me que estava interessado no meu regresso. Ele falou logo com o meu empresário, à minha frente, e depois nada... Ainda estou à espera do Luís Duque que me enganou".

Entretanto, a prioridade passava por encontrar novo clube e as inscrições em todos os clubes da Premier League já estavam fechadas. Preocupado, Luís Boa Morte ligou a Wenger que não o deixou cair e abriu-lhe a possibilidade de jogar no Fulham. "Ligou ao Tigana que estava a treinar o Fulham e pediu-lhe que me observasse. Fui com a equipa fazer um estágio em França, a acabei por ficar lá mesmo a disputar o Championship. Foram seis anos e meio", sublinha.

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Por João Soares Ribeiro
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