José Mourinho reafirma, em entrevista à UEFA a propósito do jogo com o Chelsea, que sente a mesma ambição de sempre apesar da longa carreira. "O meu feeling não muda, ou seja, não há red lights, continuo igual a mim próprio", refere o treinador do Benfica, que se acha "melhor hoje do que antes".
"Sinto-me mais forte, sinto-me um treinador muito melhor do que antes. Como pessoa, o DNA é igual, nasces e morres com o mesmo. Acho que um treinador nasce e morre com o mesmo DNA, não tem hipótese a dar. Mas como pessoa há diferenças. A diferença fundamental que eu reconheço em mim próprio é que, se calhar, no início eu pensava mais em mim, e transformei-me de uma maneira em que, não sei, sinto-me mais altruísta, sinto-me que estou no futebol mais para ajudar os outros do que para me ajudar a mim próprio. Estou mais para ajudar os meus jogadores do que para pensar naquilo que vai acontecer comigo daqui a um ano, daqui a dois ou três", refere Mourinho.
O técnico português destaca que apesar do muito sucesso alcançado nunca se sentiu um génio. "Provocador, talvez um pouco, mas diabo, nunca. Mas génio nunca me senti. Senti sempre que tenho, obviamente, capacidades naturais, e que fui adquirindo, para ser um bom treinador, como os grandes jogadores seguramente sentem. Há jogos na minha carreira em que eu senti 'ganhei'. Fui eu que ganhei. Este jogo fui eu que ganhei. Sinto. Às vezes, sinto. Porque às vezes tens cliques, tens decisões, tens estratégias, às vezes antes do jogo, mas outras durante o jogo. Aquelas que principalmente são durante o jogo, e que mudam completamente o cariz do jogo, fazem-me sentir 'esta é minha, esta parte de mim'. Mas nunca me senti génio. Senti-me sempre parte de um grupo, senti sempre que os jogadores eram mais importantes do que eu, senti sempre que estava ali para os ajudar, e não eu para ser o centro e o núcleo da situação. Isso nunca senti", diz.
Quanto ao que os outros pensam de si, afirma: "É uma coisa que eu não posso controlar. Ainda há pouco tempo diziam que eu, nestes últimos anos da minha carreira, não tinha ganho tantos títulos como tinha ganho no passado. OK, é verdade, mas quantos treinadores na Europa é que fizeram 2 finais europeias nos últimos 5 anos? É que não é nos últimos 25, é nos últimos 5. Nos últimos 5, eu fiz 2 finais europeias. Quem é que fez 2 finais europeias? Não são muitos, devem ser 2 ou 3 treinadores que o fizeram. Portanto, às vezes as pessoas medem-me por coisas que eu consegui e não pela realidade do momento. Mas é problema das pessoas, não é problema meu."
Mourinho explica ainda o que mudou nestes anos: "Estou mais a pensar no clube, estou mais a pensar na alegria dos adeptos do que propriamente em mim. E acho que também é um câmbio natural que não me desvirtua como treinador, mas como pessoa dá-me um lado... que eu gosto de viver com esse lado diferente. Eu continuo igual, só que uma coisa é ires à procura, é ires deliberadamente à procura desse conflito, e outra coisa é: o conflito aparece à tua frente, ou o conflito vem ter contigo. Se o conflito aparecer à minha frente, eu bato-me lá com ele. Se o conflito vier de encontro a mim, faz clash. Agora eu ir à procura do conflito, confesso que a estabilidade emocional nos ajuda a ter outro tipo de perfil."
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