Adeptos estão solidários com direito à indignação

Adeptos estão solidários com direito à indignação
• Foto: Luís Manuel Neves

A hipótese de o Sporting participar na Taça da Liga com uma maioria significativa de juniores e juvenis é recebida entre os adeptos com um sentimento misto de revolta e ironia. É essa a conclusão retirada das opiniões de Rogério de Brito, Paulo de Andrade e Carlos Pereira, antigos dirigentes e treinador do clube de Alvalade, ouvidos por Record.

Bruno de Carvalho fez saber que “caso o Sporting fique impedido de disputar as meias-finais da Taça da Liga, a partir da próxima época, e não sendo possível a não participação na prova, serão incluídos na ficha de jogo somente os jogadores afetos à equipa principal exigíveis regulamentarmente, sendo os restantes oriundos dos escalões de juniores e juvenis”. A posição dos leões está devidamente enquadrada nos regulamentos, que só obrigam os clubes a apresentarem cinco jogadores (titulares ou suplentes) que tenham figurado na ficha de um dos dois jogos oficiais imediatamente anteriores.

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Rogério de Brito lembra que, antes de mais, será necessário provar dolo no atraso do FC Porto-Marítimo, o que não será fácil, mas sempre vai afirmando que acredita pouco em coincidências. E conclui: “Se calhar nem era mau utilizarmos os juniores. Corríamos o risco de fazer um brilharete”, dispara o ex-responsável pelos núcleos. Em linha idêntica posiciona-se Paulo de Andrade, que vê na ameaça de Bruno de Carvalho uma espécie de retaliação contra “situações de total amadorismo”. Usar a Taça da Liga para rodar juniores colocaria em causa o prestígio da prova. “Deixa de ser a tacinha das reservas, passa a ter importância ainda menor”, defende o antigo administrador da SAD. Visão distinta tem Carlos Pereira, que fala em reação “a quente, algo exagerada”, embora existam razões para o clube estar “ferido no seu orgulho”. “Mais não será do que um grito de revolta”, considera o ex-adjunto de Paulo Bento.

Relatório dos delegados da Liga decisivo

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No comunicado do início da semana, o Sporting argumenta que o relatório dos delegados da Liga terá de explicar o atraso no FC Porto-Marítimo. “Se não constar no referido relatório a menção clara da justificação invocada pelo FC Porto, não poderá haver qualquer margem de dúvidas em classificar a conduta como dolosa, com a intenção de prejudicar terceiros”, diz o clube de Alvalade, num cenário que seria punível com derrota.

O regulamento disciplinar prevê que “[...] os delegados da Liga que omitam deliberadamente nos seus relatórios factos ocorridos antes, durante ou depois do jogo, ou, solicitados a informar a entidade competente, não o façam dentro do prazo [...], serão punidos com suspensão entre um e seis jogos”.

“Ameaça” apoiada no regulamento

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A “ameaça” de Bruno de Carvalho em jogar a próxima Taça da Liga com juniores e juvenis está sustentada nos artigos 10.º e 11.º do regulamento da prova. Estes estabelecem que podem ser inscritos jogadores com contrato de trabalho desportivo ou de formação das categorias sénior e júnior (juniores A e B, ou seja, juvenis); mas definem a presença de um mínimo de elementos da equipa principal. “Com exceção das 1.ª e 2.ª fases, os clubes são obrigados a fazer participar em cada jogo pelo menos cinco jogadores que tenham sido incluídos na ficha técnica (efetivos ou suplentes) em um dos dois jogos oficiais imediatamente anteriores, salvo caso de força maior”, lê-se no artigo 11.º, ponto 1.

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