Sporting frente ao Rio Ave: Batuques africanos em vez de assobios

Sporting frente ao Rio Ave: Batuques africanos em vez de assobios
• Foto: Luís Vieira

RICARDO (3). Exibição tranquila durante quase todo o jogo até à altura, tardia, em que teve de intervir: defendeu bem um remate perigosíssimo de Evandro, aos 89', e valeu um ponto. É um paradoxo mas vive a melhor fase desde que chegou a Alvalade.

ENAKARHIRE (3). Nasceu defesa, vive como defesa, há-de morrer defesa. Sabe todos os truques do desarme mas não lhe peçam para ser, uma arma. Ontem, o nigeriano começou à direita - sem subir - e acabou no centro, sempre poderoso.

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POLGA (3). Pela primeira vez o Sporting não sofreu golos. Se Polga teve culpas em tentos consentidos nos jogos anteriores, é justo reconhecer que a melhoria do sector ontem à noite passou por ele. Vigiou Gaúcho e falhou golo certo (90'+2).

BETO (3). Por entre uma falha comprometedora ou um passe errado, exibiu-se a nível regular e é indiscutível que eleva a segurança da defesa leonina. Saiu aos 79', na hora do tímido assalto final.

PAÍTO (3). Convive com a linha de fundo, característica que o distingue do concorrente Rui Jorge, mas costuma facilitar na marcação. Só que perante Saulo, Gama ou Evandro o moçambicano até cumpriu.

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ROGÉRIO (2). Tem versatilidade: jogou em três posições diferentes, sempre com a direita como habitat natural. Falta-lhe o principal: agressividade e velocidade. Sem isso, não passa de uma caricatura de Rochemback

TINGA (2). Outra vez entretido no seu microfutebol, preocupado com bolas divididas, que muitas vezes perde, e interessado apenas em ganhar centímetros quadrados a meio-campo. Um médio de um candidato precisa de vistas mais largas.

HUGO VIANA (2). Um remate perigoso de pé esquerdo a recordar aquele distante e influente médio campeão em 2002 foi pouco num mar de passes errados, outrora a sua principal virtude. Saiu, depois de ter sido já dado como desaparecido em campo, para dar lugar a Danny.

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PEDRO BARBOSA (2). O problema deste Sporting tem epicentro no cérebro. É lá (na falta de forma de Viana e Barbosa) que começam muitos males. Ontem, o capitão, quezilento em demasia como sempre, até durou 90' e correu quilómetros. É um princípio de cura.

DOUALA (4). Na União de Leiria era um dos melhores. No Sporting é, destacadamente, o melhor. Se outros sinais fossem necessários para perceber a crise do futebol leonino, este chegava. O camaronês, que com com o nigeriano Enakarhire, e o moçambicano Paíto traz um novo e surpreendente perfume africano aos leões, vulgarizou Miguelito e tombou o futebol da equipa para o seu lado. Serviu Pinilla e quem aparecesse na zona do ponta-de-lança. Acrescentou velocidade ao amorfo meio-campo sportinguista. E soube receber de primeira, virar-se e desequilibrar sempre que solicitado. O losango verde tem a morte anunciada e Douala, um extremo puro e vertical, é para já o principal suspeito do crime.

PINILLA (3). A coreografia do chileno nos falhanços já conhecemos: chuta os painéis de publicidade e fita o céu em desespero. Ontem (quatro remates!) esteve perto de mostrar a outra mas continua de jejum, apesar de alimentado por Douala.

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DANNY (1). Entrou tarde e mal . Ao ponto de ter falhado, aos 82', a milímetros da linha o golo da vitória.

CUSTÓDIO (1). Não teve tempo para organizar.

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