Os dias vão passando, o início da pré-temporada aproxima-se a passos largos e a SAD leonina continua sem encontrar colocação para os jogadores excedentários. Aqueles que não fazem parte dos planos de Leonardo Jardim, por razões desportivas, e os que não se enquadram na estratégia da SAD, por motivos financeiros. E são muitos os elementos que, apesar de terem contrato com o clube, se encontram nestas condições.
Não se pense, porém, que o pânico está instalado nos corredores de Alvalade. Primeiro, porque o mercado de transferências encerra apenas a 31 de agosto, e mesmo após o arranque dos trabalhos é possível continuar a fazer negócios, quer em Portugal quer no estrangeiros. Depois, porque existe uma estratégia definida para a colocação dos excedentários que, na perspetiva dos dirigentes verdes e brancos, acabará por dar frutos.
A estratégia assenta em três pontos. Claro que a prioridade será dada à venda pura e dura dos jogadores, o que permitiria ao clube, não apenas baixar a folha salarial do plantel, mas também encaixar verbas que poderiam ser reinvestidas no reforço do grupo de trabalho. A esta possibilidade, Bruno de Carvalho e Augusto Inácio chamam o Plano A.
Os jogadores que não deixem Alvalade por esta via poderão fazê-lo através do Plano B, também definido há já alguns. O clube procurará cedê-los a título de empréstimo a clubes que paguem integralmente os salários. Neste caso, a SAD não realizaria qualquer mais-valia, não ficaria com possibilidade de reinvestir, mas ver-se-ia livre de ordenados que, como é do conhecimento público, estão completamente desfasados da atual realidade do clube. Recorde-se que os dirigentes leoninos estão obrigados (pela banca) a baixar drasticamente os seus orçamentos e isso passará pela redução da massa salarial da equipa de futebol.
Caso os planos A e B não sejam suficientes para aliviar o leão dos seus excedentários, o Sporting tentará envolver esses jogadores em negócios, como uma espécie de moeda de troca para jogadores que o clube pretende contratar.
Quatro ou cinco reforços
E são quatro ou cinco os negócios que os responsáveis pretendem realizar durante o defeso. Como é público, Bruno de Carvalho e Augusto Inácio pretendem dotar o plantel de mais um defesa-central, um médio-centro e dois pontas-de-lança. O quinto elemento a entrar será um guarda-redes, caso se confirme, como parece inevitável, a saída de Rui Patrício. Curiosamente o único elemento que, apesar do elevado salário, poderá permanecer, caso não surja uma proposta considerada razoável.