Um Santo que é um deus grego

Um Santos que é um deus grego
• Foto: getty images

Está confirmado: a Grécia estará presente no Brasil, em 2014. A formação helénica volta a disputar uma grande competição de seleções pela mão de Fernando Santos, depois do técnico português ter também logrado alcançar a fase final do Euro'2012.

A final do Euro'2004 continua a ser uma espinha encravada na garganta de muitos portugueses, mas é impossível não ficar contente com a presença de um terceiro técnico luso em terras de Vera Cruz, depois de Carlos Queiroz, com o Irão, e Paulo Bento, com a Seleção Nacional, terem assegurado a presença na maior competição da nações do Mundo.

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Depois de conseguir um apuramento quase imaculado para o Campeonato da Europa na Polónia e na Ucrânia - sete vitórias e três empates em 10 jogos na qualificação -, desta feita acabou por ser bem mais suada a tarefa grega onde ainda pontificam Kostas Katsouranis e Giorgos Karagounis, dois ex-Benfica que levantaram o troféu Henri Delaunay no Estádio da Luz, em 2004, diante de perto de 65 mil portugueses cabisbaixos.

A turma de Fernando Santos precisou do playoff para chegar ao Mundial, diante da Roménia, e o 3-1 na primeira mão foi decisivo para os gregos encararem a segunda ronda com outra confiança que lhes permitiu chegar à segunda presença consecutiva em Mundiais (4-2 no agregado), e a terceira da sua história. A estreia deu-se apenas em 1994, nos Estados Unidos. Em qualquer das vezes, os helénicos não foram além da fase de grupos, tendo somente em 2010 conquistado a primeira vitória na fase derradeira de um Mundial, contra a Nigéria (2-1).

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Santos e os outros

Quando Fernando Santos iniciou a ligação à Grécia, aquele país estava longe de saber que o Fundo Monetário Internacional lá iria entrar. Saído do FC Porto sem o título de campeão nas últimas duas épocas, o "engenheiro do penta" abraça a primeira aventura no estrangeiro, em 2001, no único país onde trabalharia além de Portugal. Começou no AEK Atenas onde conquistaria o único trófeu conquistado naquele país, uma taça da Grécia, logo na primeira temporada. O técnico português voltaria ao país banhado pelo Mar Mediterrâneo por mais duas vezes, depois de ser chamado à terra-mãe Portugal para orientar o Sporting e o Benfica. As passagens por Panathinaikos e PAOK não renderam troféus, mas o reconhecimento grego não se fez esperar, mesmo debaixo de intenso domínio do Olympiacos (oito títulos de 2000 a 2010): a liga grega considerou o treinador, agora com 59 anos, como o melhor técnico da década.

Três lusos no Brasil

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O treinador nascido em Lisboa fará parte de um feito inédito para Portugal em 2014. No Brasil, Fernando Santos, juntamente com Carlos Queiroz e Paulo Bento, formarão o maior lote de técnicos portugueses numa fase final de um Mundial. José Torres foi o pioneiro no México, em 1986, numa prova de má memória para as cores lusitanas face ao escândalo Saltillo. Na face oposta da moeda, está Carlos Queiroz que conseguiu apurar três nações para um Mundial, começando em 2002 com a África do Sul (acabou por sair antes da fase final), passando por Portugal em 2010 e agora o Irão, seleção que orienta, rumo ao Brasil'2014.

Participações de técnicos lusos em Mundiais

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