Klopp recorda a sua pior palestra: «Falei-lhes de Rocky e Ivan Drago; acabei envergonhado»

Foto: Reuters
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Atual treinador do Liverpool lembra o dia em que tentou motivar os jogadores do Borussia Dortmund antes de um jogo com o Bayern

Considerado o treinador do ano pela FIFA - foi agraciado com o prémio The Best - Jurgen Klopp, técnico do Liverpool, deu uma entrevista ao 'The Players Tribune' em que recorda um episódio hilariante, que aconteceu quando liderava o Borussia Dortmund. O alemão diz que acabou envergonhado.

Antes de um jogo com o Bayern Munique Klopp procurou motivar os seus jogadores. "Na noite antes do encontro reuni toda a gente no hotel para falar do jogo. Estavam todos sentados, com as luzes apagadas. Comecei a mostrar-lhes cenas do 'Rocky IV' em vídeo. O filme com o Iván Drago é um clássico para mim."

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"Mostrei-lhes a cena em que os cientistas estudam o Drago e disse-lhes: 'Estão a ver? O Bayern é o Iván Drago. Tem tudo, a melhor tecnologia, as melhores máquinas, são imparáveis'. Depois apareceu o Rocky Balboa a treinar na Sibéria, na sua pequena cabana de madeira, cortando troncos e arrastando-os pela neve até ao cimo da montanha. 'Este somos nós, mais pequenos. Mas temos paixão e coração de campeão! Podemos conseguir o impossível'", relata Klopp.

E prossegue: "Continuei a falar e a dada altura olhei com mais atenção para os jogadores, para ver a reação. Esperava que estivessem de pé nas cadeiras, prontos a correr numa montanha na Sibéria como loucos. Mas não, estavam sentados, a olhar para mim com os olhos inexpressivos, em branco."

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"Eles olhavam para mim como que a perguntar 'que raio está a dizer este louco?' Até que cai em mim e pensei: 'Espera, quando saiu o Rocky IV? 1980 ou algo assim? Quando é que estes rapazes nasceram?' Pedi que levantassem a mão os que sabiam quem era o Rocky Balboa e apenas dois o fizeram: o Sebastian Kehl e o Patrick Owomoyela", explica Klopp.

O treinador apercebeu-se depois que não tinha conseguido passar a mensagem: "Todo o meu discurso foi um rol de disparates. Era o jogo mais importante da época, talvez o mais importante da vida de alguns daqueles jogadores, e eu a falar de tecnologia soviética e da Sibéria. Dá para acreditar? Tive de começar do zero. Às vezes envergonhamo-nos a nós próprios. Pensamos que estamos a fazer o melhor discurso da história do futebol e na realidade estamos a dizer algo sem sentido. Mas levantamo-nos no dia seguinte e continuamos!"

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