Beisebol: Os heróis nunca morrem

Beisebol: Os heróis nunca morrem
• Foto: getty images

Fez encher estádios e provocou uma onda de loucura nunca vista no glamour dos anos 20, quando se torrou num ícone do beisebol norte-americano. Chama-se simplesmente Babe Ruth, nasceu há 120 anos, mas a sua vida não durou mais de 53, quando faleceu, em 1948, vítima de cancro na garganta.

Babe Ruth transformou por completo a maneira como se passou a olhar o beisebol na viragem do século. O talento escasseava e os jogos tornavam-se aborrecidos para os espectadores. Era a época que os especialistas chamaram da “bola morta”. Até que chegou Babe Ruth e tudo mudou.

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As alterações foram bastante significativas. Estava-se perante um jogador prodigioso, revelador de um enorme talento. E volvidos todos estes anos, Babe Ruth está ao mesmo nível para os norte-americanos de Michael Jordan ou Muhammad Ali.

O legado de Babe Ruth, ou The Bambino, como era conhecido, foi impressionante, ao ponto de alguns dos seus recordes terem durado 40 anos e de parte dos seus pertences terem sido vendidos em leilões por 3,5 milhões de dólares, como aconteceu com uma camisola.

Desde muito cedo que Babe Buth se converteu numa máquina de fazer dinheiro. Chegou a ser o desportista mais bem pago do Mundo com verbas a chegarem aos 100 mil dólares, valor com que foi contratado para representar os New York Yankees em 1919. Ganhou títulos, bateu recordes, mas na parte final da carreira já não era o mesmo. Mas ninguém apaga da memória Babe Ruth.

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Educado num reformatório

Os pais de Babe Ruth não tinham muito tempo para o educar e aos 6 anos, o jovem, que tinha mais sete irmãos, preferiu adotar um estilo de vida bem diferente das crianças com a sua idade, passando a ter uma ligação muito forte a ambientes mais pesados, desde a bebida, tabaco e pequenos furtos.

Seria apanhado numa rusga policial e passou 12 anos num reformatório. Foi aí que começou a sua ligação ao desporto e em particular ao beisebol. Aos 15 anos despertou o interesse de alguns olheiros em equipas amadoras e, aos 19, passou a profissional. Não demorou muito tempo a ser famoso.

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Ganhar mais do que o presidente dos EUA

• Babe Ruth não tinha um feitio fácil quando era a hora de negociar contratos. Gostava de desfrutar dos prazeres da boa vida e não aceitava reduções do salário. “Eu não quero ganhar menos do que o presidente dos Estados Unidos”, proclamava Babe Ruth, que conseguiu levar sempre por diante as suas ideias.

CURIOSIDADES

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» Babe Ruth deu o nome a vários filmes, participando de forma direta ou indireta. Contracenou com Gary Cooper, em 1942, em “O ídolo”. Em 1992, o ator John Goodman interpretou o jogador em a “Verdadeira história de Babe Ruth”, numa versão mais ligeira, de comédia.

» O contrato original que Babe Ruth assinou com os New York Yankees, em 1922, foi leiloado no último ano por um valor que terá superado o milhão de dólares. O documento da imagem é o que põe no papel a troca do jogador dos Boston Red Sox para os Yankees e rendeu mais de 500 mil dólares em 2005.

» Bolas centenárias assinadas por Babe Ruth ou que “sofreram” com a força do jogador são também habituais em leilões. Ter uma bola de Babe Ruth significa ter de pagar valores que podem chegar aos 250 mil dólares (cerca de 217 mil euros). Foi esse o valor da primeira bola de Babe Ruth que transpôs a vedação – o primeiro home run – no mítico Yankee Stadium, em Nova Iorque, onde o natural de Baltimore era um verdadeiro herói.

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