Daniel Mota campeão do 4.º Cantanhede International de Pitch & Putt

• Foto: Clube de Golfe de Cantanhede

Daniel Mota venceu a 4.ª edição do Campeonato Internacional de Cantanhede em Pitch & Putt, que decorreu durante dois dias, em três voltas de 18 buracos, no Clube de Golfe de Cantanhede. O jogador da casa bateu pela margem mínima o seu companheiro de clube Bernardo Pinto. A campeã dos dois últimos anos, Aline Marques, partilhou o 3.º lugar com o ‘campeoníssimo’ Hugo Espírito Santo, a 2 pancadas do vencedor.

"Ter ficado à frente do Hugo Espírito Santo, da Aline Marques e do próprio Bernardo Pinto foi muito bom, porque todos têm títulos nacionais e sabbia que para vencê-los teria de jogar o meu melhor golfe e foi isso que aconteceu", disse Daniel Mota a Record.

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Para Daniel Mota foi um título tanto mais saboroso quanto esta quarta edição foi a mais forte e concorrida desta prestigiada competição internacional da variante, com 80 jogadores, 16 dos quais internacionais (15 espanhóis e um inglês). Contou com o apoio da Câmara Municipal de Cantanhede, da Federação Portuguesa de Golfe, da Associação de Golfe do Norte de Portugal e de um alargado conjunto de patrocinadores, distribuindo um prize-money no valor total de 5 mil euros.

"Ganhar esta prova deu-me um orgulho enorme, até por ser a edição com melhores prémios, com mais jogadores. Era, claramente, um objetivo ganhar este torneio. Para mais jogar em casa. Por um lado, foi uma surpresa, não estava à espera de ganhar com uma lista de inscritos de tão elevada qualidade, mas, por outro lado, não foi assim tão surpreendente, porque sei que treinei para isso e tenho capacidades de superar todos os outros jogadores", acrescentou o jogador de 33 anos.

Daniel Mota era 6.º após uma primeira volta de 51 pancadas (-3). Assumiu, depois, a liderança ao concluir a segunda volta com 50 (-4) e selou a vitória na terceira ronda com 55 (+1), para um total de 156 (-6). Um resultado tanto mais notável, quanto apenas sete dos 80 participantes bateram o Par 54 no agregado. Bernardo Pinto esteve sempre entre os três primeiros e era 2.º na partida para a última volta e ainda reduziu a desvantagem para Daniel Mota de 2 pancadas para a margem mínima de 1, assinando cartões de 50, 53 e 54.

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Os resultados no último dia foram mais altos na generalidade, dadas as posições das bandeiras propositadamente colocadas nos sítios mais desafiantes de cada green, testando a qualidade (e a paciência) de todos os jogadores. Hugo Espírito Santo (54+51+53), da Quinta das Lágrimas, o campeão da 1.ª edição da prova, foi 3.º classificado, com 158 (-4). Hugo Espírito Santo já foi n.º1 mundial desta especialidade e em 2024 venceu pela 8.ª vez o Campeonato Nacional Absoluto de P&P! O jogadador da Quinta das Lágrimas apresentou o mesmo total agregado de Aline Marques (48+55+55), que defendia o estatuto de bicampeã. Só cedeu o título no último buraco, ao fazer 3 putts que custaram-lhe um bogey. Vendeu bem cara a derrota e ainda protagonizou a melhor volta do torneio (48). Tomás Ribeiro (53+52+54), de Paredes, fechou o top-5 com 159 (-3). O inglês Paul Harrison foi o vencedor em medal net.

A vitória de Daniel Mota foi o melhor prémio ao esforço conjunto da Câmara Municipal de Cantanhede e do Clube de Golfe de Cantanhede de promoverem a modalidade, mantendo um percurso municipal de 9 buracos com bom nível. Ao contrário de outros jogadores de P&P que começaram no golfe tradicional e olham para o P&P como uma atividade complementar, Daniel Mota é o ‘filho perfeito’ deste programa de desenvolvimento da modalidade. "Trabalho no setor da indústria química, em Cantanhede, bem próximo do campo de golfe, daí tentar depois do trabalho e nas folgas treinar um bocadinho e depois, nos fins de semana, ir aos torneios", contou-nos.

"Tento ir sempre às principais provas nacionais de P&P, (sobretudo) as mais próximas aqui da zona. Mas, devido à minha atividade profissional nem sempre consigo. E só represento o Clube de Golfe de Cantanhede em provas de P&P porque é esta a variante de golfe que aqui se pratica", acrescentou.

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Daniel Mota gostaria, seguramente, de ter outras oportunidades competitivas, mas uma coisa é jogar e competir num ambiente fortemente apoiado pelo clube e a autarquia e outra completamente distinta é financiar um percurso com ambições e custos mais elevados. "Praticamente só jogo esta variante de P&P, porque não há perto oferta de golfe tradicional. Tenho de fazer quase 200 quilómetros para ir e vir e poder jogar golfe tradicional. Apesar de gostar bastante, é de todo impossível", explicou. Sem lamentar-se, mas sabendo aproveitar o que de bom o golfe amador mais tem na sua pureza, replica que "a parte lúdica e competitiva têm de estar sempre presentes. Jogo golfe porque dá-me imenso prazer, mas a competição também tem de existir, porque treinamos para colher frutos e só nos torneios sabemos se estamos ou não a um bom nível".

No Campeonato Internacional de Cantanhede em Pitch & Putt teve a resposta que mais desejava – pelo menos a jogar ‘em casa’, no seu campo, rivaliza ao mais alto nível, com os melhores nacionais e alguns dos melhores do Mundo em P&P.

Por Hugo Ribeiro/FPG
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