Brasil e Holanda vão hoje decidir qual o terceiro e o quarto classificados deste Mundial, depois de terem falhado uma final que tanto esperaram. A polémica sobre a realização deste encontro coloca-se sempre por esta altura, já que muitos consideram uma humilhação ter de entrar em campo para um encontro de consolação, depois de dias frustrantes.
Se em relação à Holanda tudo estava definido há muito tempo, já quanto ao Brasil, o importante é perceber como dar a volta à seleção, depois do 7-1 frente à Alemanha. O insistente pedido para que Scolari se demita contrasta com as declarações do futuro presidente da CBF, Marco Polo del Nero: “Por mim, ele fica. O que aconteceu foi um erro tático. Mas todos nós erramos. O importante é que o trabalho foi bem feito.”
Scolari parece ter uma opinião semelhante sobre o assunto: “Vamos conversar e tomar decisões. Perceber o que eles entendem de correto no meu trabalho. O que sei é que num ano e meio tivemos coisas boas. Não posso ver somente o resultado de um jogo. Se o trabalho é bom, não é uma fatalidade que muda”. O capitão Thiago Silva até o defende: “Estamos juntos. Quando o grupo erra, não é só um o culpado. Quem estava dentro do campo eram nós jogadores.”
Balanço. Scolari ainda não sabe se o Brasil será terceiro ou quarto no Mundial, mas vai já fazendo um balanço: “Não vejo o trabalho como negativo, a não ser o que foi catastrófico, os 7-1. Se tivéssemos perdido por 1-0, não seria catastrófico, mas não teríamos chegado à final na mesma. O trabalho de um ano e meio não se avalia apenas por um jogo.”
O selecionador vai tentar “recuperar a parte psicológica de alguns jogadores” e diz que não está nervoso: “Já não, porque o objetivo não vai acontecer. Mas tudo o que se passou nos últimos dias não vamos esquecer por 20 ou 50 anos, não sei.”
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