Ruben Amorim revelou numa entrevista a Gary Neville, na Sky Sports, que há aspetos que considera serem inegociáveis numa equipa e um deles é o empenho dos jogadores em prol do coletivo. O treinador português do Manchester United assegurou que defende os seus atletas até ao fim, mesmo que isso signifique perder o seu emprego.
"O que para mim não negociável? Posso dizer coisas bonitas, como como trabalho duro, ser profissional... Profissional tens de ser sempre, estamos no Manchester United. Tens de ser em todos os clubes, mas aqui não se pode fugir disso. Depois, tens de pensar primeiro na equipa. Quem jogar numa posição diferente da sua, tem de entender a posição e lutar pela equipa. Como antigo jogador conheço todos truques, entendo os jogadoers, o que fazem e porque o fazem Se o fizerem pela equipa, defendo-os até ao fim, perco o meu emprego antes de colocar um jogador em frente ao autocarro. Mas se ele não colocar a equipa em primeiro lugar, serei o primeiro a falar com ele", assegurou o treinador português.
Depois, foi questionado sobre as viagens aos Estados Unidos que Rashford e Casemiro fizeram nos cinco dias que tiveram de folga, durante a paragem dos campeonatos para as seleções, e que Gary Neville criticou duramente, acabando por pedir desculpas durante esta entrevista com Amorim: "Foram cinco dias, eles receberam essa informação, são crescidos, têm filhos e podem decidir o que fazer. Se fossem três dias não podiam viajar. Disseram-lhes que eram cinco, então podem voar para onde quiserem, ninguém no clube lhes disse que não o podiam fazer."
No entanto, Amorim reconhece que "o clube tem de mudar isso". "Não deve ser uma decisão dos jogadores, mas sim do clube."