O documentário 'Feel the Magic: Ticha Penicheiro Agains All Odds', da autoria de André Braz, teve a sua estreia no Convento do Beato, no primeiro dia do Tribeca Festival Lisboa, e trouxe a antiga basquetebolista portuguesa, uma das pioneiras no desenvolvimento da WNBA e que inscreveu o seu nome no Hall of Fame da FIBA, ao nosso país. Em entrevista ao 'Expresso', a ex-jogadora falou do longo percurso que ainda tem de ser feito na WNBA.
"É bom apreciarmos os passos em frente que já demos, mas ainda há muitos mais para dar. Se uma jogadora ficasse grávida, ela podia ser cortada [do plantel], não ter segurança social, não ter assistência médica, não ter salário, não ter emprego. Essas coisas já mudaram. Se uma jogadora fica grávida, não pode ser cortada. Há coisas que era super importante serem mudadas. Ainda assim, nós não temos uma pensão. Eu joguei durante 15 anos e recebo zero pelo trabalho todo que fiz. Isso é algo pelo qual as jogadoras ainda estão a tentar lutar e que os jogadores da NBA têm", afirmou.
Em conversa com o semanário, Ticha Penicheiro recordou ainda os 15 anos em que fez a "temporada europeia e da WNBA, sem férias" por saber que o fim da sua carreira estava a aproximar-se, ainda mais quando a WNBA não valorizava as jogadoras, um cenário bem diferente do que encontrou, por exemplo, no Spartak Moscovo cujo dono "maluco no bom sentido" foi assassinado: Shabtai Kalmanovic era um antigo espião do KGB. "Era multimilionário. Adorava basquetebol feminino e, do bolso dele, investiu muito. Trazia sempre as melhores jogadoras. Joguei no Spartak Moscovo durante três anos e a diferença de condições que tínhamos, comparando com a WNBA, era ridícula. É um exemplo único, não era o normal. Se uma jogadora fosse jogar para a Itália, se calhar recebia o mesmo do que na WNBA, mas recebia o ano inteiro [no início dos anos 2000, a temporada da WNBA durava apenas três meses]. Em certos clubes, algumas jogadoras podiam receber mais de 1 milhão de dólares. Eram hotéis de cinco estrelas, não tínhamos que partilhar quarto. Ganhávamos bónus por cada vitória. Às vezes, o Shabtai chegava ao treino e punha 1.000 dólares em notas de 100 no meio-campo e quem marcasse levava o dinheiro. Nunca vi aquele homem com uma nota de 50 ou de 20 dólares. Eram sempre dólares, não rublos, e em notas de 100".
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