Medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Chengdu, há cerca de três meses, Catarina Dias está de volta à alta competição, surgindo nos Mundiais de kickboxing da WAKO de Abu Dhabi como uma das maiores esperanças nacionais para voltar subir ao pódio e, quiçá, fazer soar o hino nacional nos Emirados Árabes Unidos. A missão não será fácil, mas a atleta transmontana diz-se pronta para a batalha. Mais do que nunca.
"Venho na minha melhor forma, como fui para os Jogos Mundiais, trago a minha mente alinhada para este campeonato e espero trazer o melhor resultado para Portugal. Torna-se um momento um bocado mais nervoso, porque sei que as minhas adversárias estiveram a trabalhar para me surpreender, mas também venho preparada para essas surpresas e espero dar o melhor de mim - que é o que eu vou fazer, que é o que eu sei fazer de melhor, é dar o melhor de mim - e garantir que Portugal fique bem representado", começou por dizer-nos a atleta do Ginásio Clube Mirandelense, de 27 anos.
Em Abu Dhabi, Catarina Dias vai disputar o seu terceiro Campeonato Mundial, depois do de juniores de 2017 e do de seniores de 2023 - ambos em Full Contact. Agora já 'convertida' ao K1, irá competir em -70 kg e espera que à terceira seja de vez. "Acho que esta categoria é a mesma minha onda, a minha praia e acho que vou trazer bons resultados. Conheço algumas das minhas atletas, já tive oportunidade de jogar com algumas delas. São as melhores do mundo. Como eu costumo dizer, são os maquinões da categoria, são atletas profissionais que fazem disto vida, também têm a mente muito alinhada, sabem o que estão a fazer. Por isso ainda me vai dar mais gosto, mais prazer de jogar com quem sabe. E, ainda para mais, ser a melhor do mundo, deixa-me muito orgulhosa."
Apesar de assumir ter a "mente alinhada", não esconde o nervosismo e o peso acrescido pela expectativa que tem em cima de si. "Estaria a mentir se eu dissesse que não. É verdade que tenho um bocadinho de pressão porque elas também começam a conhecer o meu jogo, o meu modo de estar no ringue, a maneira como eu sinto e vivo o combate. Mas nada que não ultrapasse depois do primeiro ou segundo combate."
Vinda de Montalegre, onde por estes dias estão temperaturas negativas, Catarina Dias assume que a mudança foi... radical (para os 30 graus de Abu Dhabi). "É óbvio que o meu organismo não estava preparado para sentir este calor, pois já estava preparado para o frio, mas nada como uma mente sempre positiva e dar o melhor de mim, porque é o que eu gosto de fazer. Adoro ser atleta, adoro jogar kickboxing, adoro representar Portugal e principalmente representar mulheres. Vou dar o meu melhor".
A fechar, como um dos nomes mais fortes da modalidade no nosso país, Catarina Dias deixou o desejo de que os temas de bastidores no kickboxing sejam solucionados e que a 'paz' chegue finalmente à modalidade. "Espero que o Governo resolva o tema de kickboxing rapidamente. Acredito muito no Secretário de Estado Pedro Dias, esteve connosco em Mirandela, viu o trabalho sério que fazemos e nós também vimos que é sério e está pelo desporto. Queremos o reconhecimento do kickboxing, estamos neste Mundial porque trabalhamos para isso e vamos às provas reconhecidas e que contam. Depois de ter ganho o ouro nos Jogos Mundiais e ter ouvido o hino a tocar, quero repetir o mesmo em Abu Dhabi", desejou.
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