Ponto prévio: adorámos as Hoka Mach X2. Foram dos nossos modelos mais preferidos em 2024 e com elas corremos uma das mais bem conseguidas maratonas do ano passado. Quando soubemos que a Hoka ia lançar uma terceira versão ficamos entusiasmados, mas ao mesmo tempo com receio de que pudessem estragar tudo numa fórmula que, para nós, tinha sido incrivelmente bem sucedida. E a parte boa é que não estragaram totalmente aquilo que de bom tinham feito. Está tudo lá, com melhorias em certos pontos, mas também com coisas menos boas.
E começando pelo menos bom, é impossível não falar do ganho de peso. As Mach X2 tinham pouco mais de 260 gramas, um valor elevado para um modelo rápido, mas que se disfarçava pela sua incrível capacidade de resposta por conta de uma espuma de meia-sola muito 'bouncy'. As X3 engordaram... e muito. Passam largamente a barreira das 280 gramas, o que se sente quando as temos nas mãos e (parados) nos pés. A parte boa é que esse peso também é mais ou menos disfarçado pela melhoria da espuma no aspeto da responsividade, mas não deixa de ser intrigante este aumento radical de peso para um modelo lançado em finais de um 2025 no qual a Hoka conseguiu emagrecer imenso as Cielo.
Olhando ambos os modelos lado a lado, a nova versão ganhou um pouco mais de espuma, mas acima de tudo passa a ter um upper bem mais bem trabalhado, com especial atenção à zona do calcanhar, que tinha sido alvo de críticas na anterior - não foi o nosso caso. Há muito mais material acolchoado a envolver o pé, o que dá uma sensação de corrida muito mais confortável e menos racer - especialmente a ritmos menos vivos. Essa é, no nosso entendimento, a mudança mais radical na fórmula deste 'trainer' da marca francesa.
Tirando esse aumento de peso, é tudo um acerto nestas Mach X3. E ainda bem! A corrida continua a ser incrivelmente divertida, responsiva e controlada. A espuma devolve a energia de forma muito satisfatória, tornando este modelo não só uma escolha certa para treinos intervalados curtos e longos, mas também até para correr uma maratona a ritmos não mais rápidos do que 4'30/km, diríamos. Mas é naqueles esforços mais curtos, mas rápidos, que elas respondem da melhor forma.
O responsável por isso é, como habitual, aquilo que temos na meia-sola. No caso duas camadas de espuma, com uma superior de PEBA e uma inferior de EVA, tendo pelo meio uma placa em Pebax, que não só garante um pouco mais de resposta mas também estabilidade. Esta placa é desenhada num formato de 'asas', para dar precisamente esse extra de controlo, especialmente em viragens apertadas.
Tal como a versão anterior, a sola tem uma generosa dose de borracha injetada, o que também não ajuda naquele peso elevado - mas que se agradece porque, pelo menos, dá durabilidade global e tração. Neste ponto a Hoka opta por fazer alguns cortes na sola para reduzir o peso, mas ao contrário das novas Cielo esses cortes não afetam de modo algum a estabilidade. A tração, como dissemos, agradou-nos, mas não tivemos propriamente oportunidade de testá-la em condições de molhado.
Feito o balanço de todos os pontos, a Hoka acertou em cheio em quase tudo o que mexeu neste modelo. Como não tivemos qualquer problema com a falta de reforço na zona do calcanhar na segunda versão, diríamos que as mudanças no upper para nós eram desnecessárias. Mas por outro lado também gostamos desta maior sensação de conforto, mantendo a capacidade de resposta de um 'fast trainer'. No fundo, olhando de forma simples, estas Mach X3 são as Mach X2 mais confortáveis. Por 195 euros, não são do mais barato no mercado, mas pelo 'range' de trabalho que nos permitem fazer, mas também pela durabilidade que prometem, são uma aposta claramente a ser feita sem receios.
E, já agora, para mostrar que temos mesmo confiança no que a Hoka criou aqui, esta será a nossa escolha para a próxima maratona que vamos fazer (Amesterdão, dentro de três semanas).
Modelo da marca francesa ganhou peso de forma considerável. É o único ponto menos bom
48 km sem limite de tempo, onde cada mulher avança ao seu ritmo
Com um preço bastante competitivo, foi talvez o nosso preferido da coleção Aero
Prova disputa-se dentro de um mês. Também a meia maratona e os 8k esgotaram
Mjällby surpreende a concorrência e lidera com 11 pontos de vantagem
Antigo jogador reconhece que está "preocupado" com os desempenhos do Manchester United
Fala pela primeira fez, sem tabus, do ano de 2001, quando foi afastado das Antas, para dar lugar ao treinador de Setúbal
Aumenta o tom das críticas ao treinador português em Inglaterra
Derrota do Manchetser United volta a levantar dúvidas em torno do treinador português
Antigo avançado do Sporting sentiu-se mal ao minuto 89, depois de ter já marcado e assistido