«O assassino chegou a ser reconhecido dentro do estádio»

«O assassino chegou a ser reconhecido dentro do estádio»

As novas tecnologias no futebol estão, cada vez mais, a ser adotadas a nível mundial e o reconhecimento facial é uma delas, até pela segurança que transmite tanto a nível de infraestrutura como a nível do adepto. Thairo Arruda, CEO do Botafogo, esteve presente no Thinking Football Summit e explicou como a implementação da tecnologia pode ser "tudo o que o adepto precisa".

"Vemos muito medo dos clubes para adotarem novas tecnologias. Esperamos para ver se o rival faz bem, para depois colocarmos no nosso. Não pode ser assim, tem de haver pioneirismo", explicou o diretor-geral do clube carioca. "Nós já estamos a desenvolver a questão tecnológica, começando por implementar o reconhecimento facial no nosso estádio. Também já investimos mil milhões de dólares numa app que terá todas as tecnologias que o adepto vai precisar, incluindo poder comprar acessórios do clube e camisolas", disse.

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Arruda, que foi uma das pontes principais para o empresário John Textor adquirir o Fogão, ainda deu um exemplo: "Na semana passada, houve um caso de assédio sexual no nosso estádio e o abusador podia ter sido preso se tivéssemos esta tecnologia. Já vimos a claque do Flamengo a destruir 370 cadeiras na área destinada a eles. Atos criminosos e atos de vandalismo podem ser eliminados com a tecnologia de reconhecimento facial".

Joana Oliveira da Sports Diamond, empresa que está a implementar o reconhecimento facial nos estádios, definiu a tecnologia como "100% segura" e que já mostra progressos em situações como a que aconteceu no estádio do Palmeiras, o Allianz Parque.

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"Como ficamos com um registo incrível de dados a nível global, é possível resolver os problemas. Houve um caso de uma adepta do Palmeiras assassinada fora do recinto desportivo e o assassino chegou a ser reconhecido dentro do estádio ao cruzar os dados com a polícia", explicou aos presentes, salientando que o "presumido criminoso foi preso imediatamente ao sair do estádio".

A relações públicas diz que a app já tem 515 mil assinalados e que, apesar de no Brasil ter começado com o Palmeiras, também já há adesão noutras partes do globo. "A La Liga, de Espanha, já tem um sistema semelhante e nós já estivemos a conversar com alguns clubes como o Osasuna", referiu.

Joana Oliveira ainda adicionou que "alguns clubes na Europa estão mais desinformados que clubes no Médio Oriente" e concluiu que a tecnologia de reconhecimento facial só tem tendência "a crescer".

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Por António Mendes
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