Roberto Martínez destacou o leque de jogadores que tem à sua disposição, nomeadamente a qualidade dos jogadores portugueses. Numa espécie de balanço, o novo selecionador nacional lembrou ainda que trabalhar sob vitórias deixa tudo mais fácil.
"Estamos juntos há três dias, fiquei encantado com o nível de união, de ambição, de compromisso, de vontade. A qualidade do plantel é excecional. Estamos apenas no começo da caminhada, temos de crescer juntos, mas é sempre mais fácil quando ganhas. Foi uma vitória importante nesse ponto de vista", afirmou Martínez na antevisão ao Luxemburgo-Portugal de amanhã, para o qual deverá fazer alterações.
"É muito importante ter gente fresca. Três dias depois do jogo com o Liechtenstein, importante é que toda a gente esteja bem fisicamente. Pode haver mudanças, é importante ter continuidade no trabalho que fizemos neste período, mas mesmo havendo mudanças, é apenas para dar frescura, não para mudar. Diogo Leite e Matheus trabalharam muito bem, só não ficaram nos 20 porque tínhamos de ter 20. Têm todas as chances de estar dentro", assegurou.
Como preparar dois jogos em tão pouco tempo
"Creio que pela experiência internacional há que preparar tudo a partir do primeiro dia. Trabalhámos no primeiro dia algumas coisas que já eram para este jogo. Isso tem a ver com a experiência e usar os jogadores específicos para momentos. Só tínhamos um dia para preparar o Luxemburgo no campo, mas é a mesma dificuldade que o selecionador do Luxemburgo terá. É a dificuldade do futebol internacional, a dificuldade de ser consistente nos resultados. É muito importante conhecermo-nos bem, para superar um mudança tão rápida"
Análise ao Luxemburgo
"Não classificamos equipas antes do jogo, apenas depois dos dez jogos. O que posso dizer é que respeitamos imenso o Luxemburgo. Ter um treinador como eles têm, que conhece tudo lá dentro, os jogadores, a estrutura, a mentalidade. Jogam como um clube, não é como uma seleção. Olho para eles e reconhecemos a continuidade, o trabalho. É uma equipa competitiva. Não vamos subestimar uma equipa que apenas perdeu dois jogos nos últimos nove. Temos de respeitá-los ao máximo"
O jogador português
"Nasci em Espanha, sei muito bem o quão especial é o futebol português, quão especial é o jogador português a adaptar-se a diferentes contextos. Há muitas coisas que posso usar da minha experiência. Tem um início entusiasmante de ciclo."
"Não podemos controlar o que se passa fora do balneário. O trabalho foi muito bom, a atitude e a qualidade humana surpreenderam-me. Tudo o resto é uma grata surpresa. Há que controlar esses aspetos, importante é que os adeptos estejam orgulhosos, que vejam comprometimento e vontade de todos, para que cheguem ao trabalho orgulhosos na segunda-feira."
Concorrência na Seleção
"Tomamos decisões baseadas no que queremos neste estágio, da forma como queremos jogar. A ideia era ter dois números 9. Daí tomamos as nossas decisões, que é a parte mais difícil do meu trabalho. Deixámos jogadores de fora que não fizeram nada de errado para não estar na lista, mas são esses os problemas dos treinadores. É um bom problema. Temos um grupo de 35 jogadores que podia estar cá. A concorrência é enorme. Dá-me a oportunidade para analisar e deixar o futebol tomar decisões."
Por Record